1) No inicio da minha gestão no Renascença, em 1960, pedi á Branca, minha esposa que compusesse um Hino para o Renascença. Com a rara felicidade, compôs a letra e a musica. A peça foi apresentada numa noite de reunião do Executivo, presidido por Leon feffer. Ao piano, no prédio da Rua Bandeirantes, Branca tocou e cantou o Hino, que foi muito aplaudido. O Presidente Leon Feffer perguntou baixinho quanto a Branca cobraria pela Peça Musical. Ela admirada respondeu que seu único intuito era homenagear o Renascença e que jamais pensaria em Remuneração. Imediatamente cedeu gratuitamente todos os direitos á Sociedade Hebraico Brasileira Renascença, que oficializou como Hino do Ginásio Hebraico Brasileiro Renascença, posteriormente Colégio.

2) Em 1967 viajei para Israel,pela 1ª vez, a convite oficial da Sochnut, com direito a Guia particular. Meu primeiro Shabat, passei em Jerusalém e por razões que se somaram, fiquei sozinho no hotel e na Cidade.
Quando me preparava pra jantar, descobri que tudo estava fechado, inclusive a lanchonete do Hotel.Jejum obrigatório e muita fome...

3) Ainda em 1967, no fim de Maio e começo de Junho o clima começou a ficar tenso,temendo um ataque Árabe. Notei que jovens começaram a rarear nas ruas e inclusive meu Guia, se despediu e móveis e outros objetos era tirados dos abrigos e colocados nas ruas. Contara-me que temiam realmente um ataque e se preparavam para uma emergência. Realmente o fato era impressionante. Alguns dias depois aconteceu a Guerra dos Seis Dias.

4) Em missão especial da Secretaria da Educação, fui para Pirajuí para resolver o problema do Professor de Matemática que dera 27 notas zero para uma classe do Ginásio, acarretando uma greve geral. Quando o carro da Secretaria de Educação que me conduzia chegou por volta das 4 horas da manhã ás proximidades do Instituto de Educação Dr. Alfredo Pujol, era impossível prosseguir, pois os alunos dormiam nas ruas e cercavam a escola. Com muita calma e diplomacia, consegui entrar no estabelecimento e em poucas horas resolvi o problema. Toda a cidade estava paralisada: comércio, bancos, repartições, não funcionavam há dias. Tudo voltou a funcionar com a minha intervenção.

5) Numa de nossas viagens aos E.U.A , Branca, minha esposa, que nunca entra em Cemitérios e não faz segredo disso, fez questão de visitar o túmulo dos Kennedy de Arlington em Washigton. Na saída, nossa Caravana foi á Toilete e depois se dirigiu para o Ônibus. Notei que a Branca não havia retornado. Por 3 vezes percorri o trajeto cemitério-ônibus e vice versa e nada da Branca. Pedi que algumas amigas revistassem os banheiros femininos e nada. Fique desesperado e como ultimo recurso entrei novamente no Cemitério. Lá estava ela sentada do lado de dentro, esperando sentada que a encontrassem. Havia errado a direção. Cheguei a imaginar voltando sozinho para o Brasil e dizendo que havia perdido a Branca, num Cemitério. Quem acreditaria?

6) Nossas festas – Até casar com a Branca, meus aniversários não tinham comemoração especial. Mas a Branca fez questão de comemorá-los. No 1º aniversario, depois de casado, em 17/04/1951, ao acordar,recebia ponta de um novelo,que acompanhei pela casa toda e terminou numa caixa contendo uma maquina de escrever portátil ´´Hermes Baby´´.Que Surpresa. A noite uma grande festa, em nossa residência. Assim sucessivamente até os 30 anos em 1954, marcado por uma grande recepção, ainda em Pirajuí.
Meus 40 anos já em São Paulo foram comemorados com um grande jantar no Restaurante Arlequim, na época muito na Moda, em Pinheiros. Meus 50 anos foram marcados por uma grande recepção surpresa no Clube Português, com a família toda, amigos, pessoal do Renascença e da 6ªDESN.

Em 1984, nos meus 60 anos já aí com minha colaboração, realizamos uma recepção no Gallery, para 300 convidados. Uma festa comovente, com a presença do Embaixador de Israel, que me concedeu a Medalha de Jerusalém.
Meus 70 anos, um jantar no Restaurante Porcão e meus 80 anos com uma recepção oferecida pelo Paulo em sua residência em Aldeia da Serra.

Nesse espaço de tempo também comemoramos os aniversários da Branca. Nos seus 70 anos, um almoço no Terraço Itália para 100 pessoas.

Quando a Branca fez 80 anos, meu filho caçula Paulo, ofereceu em sua casa em Aldeia um almoço carinhoso e comovente.
Comemoramos nossas Bodas de Prata com um jantar dançante no Buffet Colonial, com a presença do Presidente do Tribunal de Justiça, Dr. Gentil do Carmos Pinto, nosso contemporâneo em Pirajuí (era Juiz de Direito)e do Dr. Laudo Natel, então Governador do Estado.
Nas Bodas de Ouro, novamente o Paulo, nosso filho mostrou todo o carinho oferecendo e nos acompanhando durante uma semana no Hotel Transamérica em Comandatuba, na Bahia.

7)Meu Brinquedo Preferido – Um automóvel para criança, de tamanho tal, que nele cabia comigo, o meu Pai, infelizmente usufrui até os 6 anos, pois na mudança de Itajubá o mesmo foi extraviado.

8) Nossa despedida de Pirajuí foi muito emocionante com uma festa oferecida pelos Pais dos alunos e membros da Sociedade local.

9)Minha aposentadoria na Secretaria da Educação (01/12/1981), depois de 35 anos de serviço sem nenhuma falta ou licença serviu de motivo para uma grande festa, com banquete para 300 pessoas, oferecida pela DRECAP – 3 e 17º DE.

10) Uma das sindicâncias por mim realizadas, por designação, foi feita em Ibitinga. Constava da denuncia que o Diretor da Escola Estadual,local, era encontrado freqüentemente embriagado, as vezes na sarjeta. A Escola estaria abandonada. Constatei o fato e propus o afastamento e a internação do Diretor e a designação de um substituto que permaneceu no cargo por 6 anos.

11) Como Delegado da 6º DESN, recebi uma denuncia que constantemente faltava luz no período noturno, acarretando a suspensão das aulas. Resolvi investigar pessoalmente. As 18 horas estive na escola, constatei a normalidade das aulas. Saí dei umas voltas de carro e voltei. Encontrei a Escola as escuras e todos os alunos na rua. Apurei que cada noite um funcionário roubava o fusível e todos iam para casa. Descobri os culpados e nunca mais houve problemas.

12) Como Assessor Técnico da Secretaria de Educação tive que assumir provisoriamente a direção de uma unidade escolar, pois o Diretor transformara a Diretoria em dormitório.

13)Foram centenas de casos que seria enfadonho enumerar.

14) Os meus 25 anos de Renascença, em 1985, foram marcados por um cocktail no Terraço Itália, oferecido pela S.H.B. Renascença e inauguração de uma placa alusiva.

15) Fui Diretor do Circulo Macabi, por ocasião do seu cinqüentenário. Como parte das comemorações, consegui a Orquestra Sinfônica regida pelo Maestro Eleazer de Carvalho apresentasse um Concerto na sede da A.V Angélica. Talvez a maior realização do Circulo em sua existência. paralelamente, realizei uma Mostra Filatélica com 5 carimbos homenageando grandes figuras do Exercito Brasileiro e colaborou comigo o Filatelista Moysés Garabovski, um grande incentivador da Filatelia.